domingo, 27 de janeiro de 2008

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Porque o Entrudo vem aí...

Já devem ter reparado que começo a pensar cedo demais, nas quadras que se avizinham. É o caso da próxima, estamos a menos de um mês do Carnaval, e a pedido de uma amiga chamada Papoila, lá vai um poema, não de minha autoria mas que ilustra a quadra.

Aproveito para o dedicar às políticas do nosso governo e a alguns altos dignatários de tão ilustres pastas ministeriais.

A todos os que não agradar só posso pedir ...

DESCULPEM QUALQUER COISINHA
mas entretanto relembro...
É CARNAVAL, NÃO LEVEM A MAL...

Poema mal cheiroso...

(dedicado às políticas do nosso governo)


Oh! Sublime cagalhão acastanhado
Depositado no fundo
de um penico dourado
Exausto, quieto,
Acabado de ser cagado...
Oh! Sublime cagalhão acastanhado!


Cascas de feijão a enfeitá-lo
Olhá-lo é um regalo
Depois esquecê-lo
Não mais vê-lo
Senão por mero acaso
A boiar nas águas do mar,
levado,
Oh! Sublime cagalhão acastanhado.

Autor desconhecido

Porque não, dedicá-lo às novas ideias de alguns igualmente idiotas...

OTA, ALCOCHETE, PENSÕES COM AUMENTOS DE MISÉRIA

E OUTRAS TANTAS......

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? Passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas asneiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."

Carlos Drummond de Andrade