quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ser Professor é....

Porque a Musicallis tem andado impossibilitada de postar.
(vida de professora é difícil :D :D D:)
Porque as chamas que iluminam a nossa amizade
não se extinguem com a distancia física nem com pequenos contratempos
Vim por ela soltar umas notas por aqui.... mesmo que desafinando!


Ser professor é ser artista
malabarista,
pintor, escultor, doutor,
musicólogo, psicólogo...
É ser mãe, pai, irmã, avó,
é ser palhaço, bagaço...
É ser ciência e paciência...
É ser informação.
É ser acção,é ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol.
Incompreendido? ...Muito.
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?...
Claro, é um génio.
Não passou?
O professor não ensinou.
Ser professor
é um vício ou vocação?
É outra coisa...
É ter nas mãos o mundo de amanhã.
Amanhã.
Os alunos vão-se...
E ele, o mestre, de mãos vazias,
fica com o coração partido.
Recebe nova turmas,
novos olhinhos ávidos de cultura
e ele, o professor, vai despejando
com toda a ternura, o saber, a orientação
nas cabecinhas novas que amanhã
luzirão no firmamento da pátria
Fica a saudade
A amizade.
O pagamento real?
Só na eternidade.

Não conheço o autor ...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A minha homenagem, até sempre!




Uma questão de título...

Foi um lugarzinho bem doce que amei
E por essa mesma razão prolonguei
A estadia no útero de minha mãe
E em sítio nenhum, mais tarde, encontrei
Alguém que me amasse assim, eu sei.



Uma luz no fundo do túnel discortinei
Logo que pude, um grande grito dei
Fiquei a saber que o meu berço era simples
Não era de ouro, de prata ou mesmo cetim
E o sangue não era azul, era vermelho, carmim .




Feliz, igual a tantos mais, cresci
Como futuro, ser professora, escolhi
Mas afinal eu precisava de um título
Um cognome, quem sabe, talvez
Senão um ou dois, melhor seriam três.



Porquê, estarão vocês a perguntar
É simples, passo agora a explicar
Professora, chegou durante anos
Bastava para isso leccionar
Mas agora, com afinco, só se for titular.



E isso, meus amigos, não sou
Não posso, meu curso não me bastou
E de bacharel, não pude passar
Mas se queremos ter um Dr, atrás do nome
Meus caros, o melhor é voltar a estudar.



Diz um ditado popular
«Burro velho, não aprende línguas»
mas línguas, eu já sei falar
O que falta mesmo, eu sei
É à ministra conseguir agradar.




Mas isso, não quero, não posso fazer
Os professores estão, em serviço, a envelhecer
E as vagas irão acabar por fechar
Serei professora, até morrer
Titular é que não sei se quero ser
Porque o meu prazer é ensinar
Não é assistir ao que está a acontecer
E muito menos, colegas avaliar!


MUSICALLIS

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A esperança que alimento



Grito de dor
Por tudo o que corre mal
Grito de dor
Pelos momentos de infelicidade

Grito de dor
Pela dor que tanto magoa
Grito de dor
Por aqueles que já perdi

Grito de dor
Pela luta que se trava diariamente
Contra tudo e contra todos

Grito de dor
Por mim e pelos outros

Grito de dor
Pela dor dos que me cercam
Mas grito!

E nesse grito de dor
Deposito a esperança que me resta
A esperança que alimento
Para que tudo corra melhor
Que surjam momentos de felicidade
Para que a dor se atenue
e não magoe tanto...
Grito de dor
Mas alimento a esperança
Em dias melhores.
Relembro os que perdi
Mas relembro o que de bom
Conseguimos construir juntos
E a esperança renasce
Ao tentar cumprir os seus desejos
Ao tentar ser feliz como o idealizavam
Ao tentar vencer na vida
Construindo passo a passo
Um amanhã melhor.
Grito de dor
Por viver assim...
Mas nesse grito de dor
Deposito a esperança que resta
Continuando assim a lutar
Por momentos de felicidade
Pela esperança numa vida
Que penso merecer.
MUSICALLIS