terça-feira, 27 de novembro de 2007

Poema de Natal - para os nossos, que brilham no céu em forma de estrela


Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos__
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Uma noite diferente... NATAL!

A minha profissão obriga-me a pensar no Natal um pouco mais cedo que os outros, com os preparativos para a Festa de Natal da escola e consequente actuação do grupo coral e instrumental.
Assim sendo, já só penso em Natal...
Mas Natal devia ser sinónimo de amor, amor verdadeiro, sobretudo pelo próximo...


Uma noite diferente...

Natal
Com a troca de prendas habitual
Passo pelas montras e olho-as, triste..
Natal de amor
Amor verdadeiro, sentido
Recosto-me num banco de jardim e recordo...
Natal de hipocrisia
Disfarçada ou por um dia anulada
Sinto-a no dia-a-dia, num olhar, numa mão...
Natal de tristeza
Onde brilha uma luz, leve luz de esperança
Por um tempo melhor...
Natal de solidão!
Tudo está vazio, sem sentido
O meu canto está frio, sem vida
O barulho das festas ecoa no ar
Em troca, vivo um silêncio aterrador.
As luzes continuam acesas
As ruas emanam beleza
E eu fico só, embrulhado em jornais
Para não sentir o frio que se apodera de mim
Recosto-me bem no fundo da minha casa de cartão
E passeio por Natais que já vivi...
Hoje, estou só
Só numa noite diferente, porque é Natal
Só, numa noite igual
Igual a tantas outras noites
Uma noite fria em que adormeço só!
Musicallis

Deixo a minha modesta homenagem aqueles que, por reveses da vida, estão sós!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Gastos desnecessários...

Relativamente ao dinheiro e ao uso e abuso do mesmo, deixo este comentário de Gandhi,fazendo minhas as suas palavras, relativamente ao aproveitamento de datas "festivas" para que o bom cidadão gaste o que tem e o que não tem.
E já agora, atenção, vem aí o Natal.
Gaste em esperança, amor e fraternidade o que costuma gastar em presentes.
Musicallis

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Noite das bruxas...


Talvez, quem sabe, quase todos os "príncipes"
tenham sido transformados em sapos.




Talvez um beijo os desperte...


(onde se lê príncipe deverá ler-se Homens com H maiúsculo)